UM OLHAR CULTO SOBRE O BIXIGA

Além de vários patrimônios históricos e cantinas tradicionais, há outros lugares que merecem atenção - e uma visitinha - no bairro do Bixiga. São eles: os teatros e centros culturais. Proporcionando cultura e entretenimento, esses espaços reúnem pessoas de diferentes etnias, religiões e classes sociais, diversidade que está presente por todo bairro.

Aqui estão alguns lugares que ninguém pode deixar de visitar:

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NEM TUDO É SAMBA...

Apesar de suas belas ruas e pontos turísticos, o Bixiga - assim como todo bairro - tem problemas com a pobreza, ficando evidente as diferenças sociais entre seus moradores.

Pela Escadaria do Bixiga passam todos os dias pessoas mais abastadas que, preocupadas com seus problemas, não notam os desabrigados, que usam a mesma escada como local de descanso.

Entre os casarões e patrimônios históricos podemos ver uma outra face do Bixiga, na qual a população menos favorecida é obrigada a se instalar em favelas ou mesmo dormir na rua por não ter onde morar.

Todos esses problemas, embora importantes, passam despercebidos pelas pessoas. Assim como ocorre ao catador de papelão, que não é notado entre os tantos carros que passam pelo bairro.

O excesso de lixo também pode ser notado, principalmente próximo

às moradias mais precárias do bairro.

BUON APPETITO!

Famosas por seus pratos de inspiração napolitana, as cantinas do Bixiga atraem muitos turistas e visitantes de outras cidades que buscam massas com molhos encorpados e com grande variedade de sabores.

Em sua maioria, têm ambiente informal e aconchegante, com preços convidativos e porções fartas. Sua cozinha não se limita à culinária italiana, faz variações com receitas diversas da chamada 'cozinha internacional'.

A Villa Tavola oferece, não apenas pratos de todas as regiões da Itália, mas também

um ambiente que reproduz a típica atmosfera de um restaurante italiano.

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Como em toda boa casa italiana, na Villa Tavola a comida é

farta e apetitosa, com um clima aconchegante e familiar.

As 'mammas' passam para seus filhos as tradições e o comando dessas cantinas, que

muitas vezes são o ''negócio da família'', passado de geração para geração.

Para ver essas mammas em ação hoje, só em grandes festas da comunidade

italiana, como a famosa Festa da Nossa Senhora da Achiropita, que acontece

tradicionalmente no mês de agosto.

Este ano, será feita a 84ª Festa da Nossa Senhora da Achiropita no bairro.

AS "BELAS VISTAS" DO BIXIGA

É comum, nos dias de hoje, que passemos pelas ruas sem perceber toda a beleza e história que nossa cidade possui. O mesmo ocorre no bairro da Bela Vista que possui inúmeros prédios antigos tombados pelo patrimônio histórico e sobrados que ainda apresentam as mesmas características arquitetônicas do passado, carregando toda influência italiana dos imigrantes que lá se instalaram a muito tempo atrás.

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Caminhando pelo bairro vemos toda a exuberância os casarões

reformados, que preservam seus preciosos detalhes.

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Em ruas estreitas, pequenas casas conservadas

transmitem a paz e a harmonia do bairro.

Esculturas impressionam pela riqueza de detalhes,

transformando cada prédio em uma obra de arte.

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O Museu do Óculos é um ótimo exemplo de patrimônio histórico que se

mantém preservado desde 1981, quando foi tombado pelo governo.

ITALIANO APENAS NÃO, AFRO-ITALIANO

Ao longo da história, o bairro do Bixiga ficou marcado predominantemente por sua descendência italiana, ocultando suas origens africanas. Porém, desde o início, a Bela Vista abrigava muitos ex-escravos e seus descendentes, além de mulheres e homens pobres oriundos da zona rural. Com a chegada dos imigrantes europeus (portugueses e principalmente italianos calabreses), foi constituída uma urbanidade cosmopolita de moradia e sociabilidade sem precedentes.

Embora a mídia tenha tentado apagar esses traços do bairro, é inegavel que essa diversidade étnica dos moradores desenvolveu uma multiplicidade de tradições, práticas, costumes e símbolos, presentes na identidade do Bixiga atual, bairro da festa da Achiropita, dos artistas e do teatro, das cantinas italianas, da escola de samba Vai-Vai, da boemia e com tantas outras facetas que caracterizam a própria São Paulo.

As origens do bairro estão registradas nas paredes de seus prédios junto à imagem

de Geraldo Filme, referência do samba e da cultura negra paulista.

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A Escola de Samba Vai Vai, uma das maiores agremiações do carnaval paulista, foi fundada por um grupo de notáveis sambistas do Bixiga, estabelecendo sua sede no bairro.

*Veja também: Escola de Samba Vai Vai

O Educafro é uma instituição que fornece educação e cidadania para a população pobre e afro-brasileira, oferecendo-lhes a oportunidade de desenvolver seus talentos e incentivando-os a superarem as dificuldades, para tornarem-se protagonistas de sua própria história.

*Veja também: Portal Educafro

BIXIGA OU BEXIGA?

Muitas pessoas ficam em dúvida quanto a escrita do nome do Bairro do Bixiga, cujo uso do “i” causa estranhamento até entre os moradores do próprio bairro.
Inicialmente, o nome era “Bexiga”,escrito com “e”, porém dois fatores influenciaram para a mudança: o primeiro foi o sentido pejorativo da palavra “bexiga” (que era o nome popular da varíola na época) e, o segundo, foi a forma popular de se expressar que, devido ao jeito coloquial de se falar e ao forte sotaque italiano, tornou mais comum o uso do “i” em vez do “e”.

O compositor Roque Pescuma confirma a importância do bairro no cenário

musical do país, que serviu de inspiração para diversos artistas.

~ ADONIRAN BARBOSA ~

O cantor e compositor Adoniran Barbosa se tornou uma das figuras tradicionais do Bairro do Bixiga, já que em muitas de suas músicas valorizava as características culturais do local, principalmente o sotaque italiano.

O artista Adoniran Barbosa tem sua imagem

eternizada na Praça Dom Orione

O busto de Adoniran presencia silencioso

o dia a dia dos moradores do bairro.

~ GERALDO FILME ~

Marcou a história do carnaval paulista, principalmente, por sua ligação com a Escola de Samba Vai Vai. De sua autoria temos o samba "Vai no Bexiga pra Ver", que tornou-se o hino da escola, e "Silêncio no Bexiga", que homenageia o falecido diretor de bateria da Vai Vai, Pato N'Água.

Geraldo Filme, permitindo que a música que nasce

no Bixiga transborde para todo país.

Retratando a dupla Adoniran e Geraldo, o grafite marca a

união da nova e da antiga cultura popular.

UM PASSEIO PELO BIXIGA

Para aqueles que não conhecem, aqui está um convite: venham conhecer todo o aconchego desse bairro italiano no coração da metrópole de São Paulo!

Um recanto de artistas, intelectuais e amantes da cultura e gastronomia que teve um papel histórico e cultural inegável na formação de nossa cidade!

A beleza do coreto da Praça Dom Orione é realçada

pelo azul do céu da primavera.

Na Rua Treze de Maio, encontramos a escadaria do Bixiga, cujos degraus nos convidam a conhecer a Rua dos Ingleses, parte alta do bairro do Bixiga.

O moderno e o antigo se encontram no Museu dos Óculos, onde podemos apreciar modelos clássicos e raros que inspiram a atualidade.

A Igreja Nossa Senhora da Achiropita, que em sua grandiosidade

é o santuário da fé dos moradores do bairro.

Resistindo através do tempo, O Teatro Ruth Escobar marcou com seus esforços inesquecíveis na firmação de uma cultura legitimamente nacional.

* Para ter mais informações sobre estes locais consulte também o link ::Pontos Turísticos::